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15 de abr. de 2016

Banda larga franquiada... Francamente...

Ilustração cedida por Tecmundo.
Olá, amigos e amigas. Tudo belezinha aí com vocês? Ainda estão todos esperançosos de que o Brasil tem jeito? Espero que sim...

Tem havido muito falatório e protesto por parte de clientes das operadoras de internet de banda larga nos últimos dias, por conta dos novos contratos da operadora Vivo, que agora obrigam o consumidor a escolher uma franquia de dados para sua internet fixa. E estamos aqui, após estudar o assunto, para tentar entender melhor esta situação e explicar para vocês o que entendemos de tudo isso.

O que houve para que essa lebre fosse levantada?

O ano novo entrou, e quem já não era um cliente da Vivo, se surpreendeu ao aderir a um plano de internet em banda larga deles. Os novos contratos prevem uma franquia, um limite de dados para a internet fixa dos novos clientes da operadora. O contrato é claro. Você paga pela velocidade de acesso de dados e pela quantidade dos mesmos. Exemplificando: para assistir a um filme na Netflix, você gastaria em média 5 gb de dados. Se você já trocou sua tv pela assinatura do canal online, e assiste algo todos os dias lá, você gastaria, ao fim do mês, uma média de 200 gb. Sem contar todas as outras coisas que você certamente faz quando está acessando a internet.

Pelos novos contratos, quando você atingir o limite de sua franquia para a navegação, sua velocidade acesso cairá drasticamente, a um nível de demorar bastante para carregar uma página com fotos. Foi por conta desta mudança na Vivo, que se deu toda essa polêmica.

Mas, o que muitos de nós ignoramos é que a Claro e a Oi já faziam contratos nesses moldes há algum tempo, apenas sendo mais generosas no montante de dados a se contratar. O plano mais robusto da Vivo prevê o uso franquiado de 130 gb. Se uma pessoa sozinha usa 200gb em média com um único 'aplicativo', imaginem você uma casa com 3 ou quatro pessoas usando a mesma banda larga.

Cortesia de Gif Mania.
E como era a cobrança antigamente? Baseada na velocidade de navegação. E era bom? Não... Por que nós pagamos - aqui em casa somos clientes da Vivo, não por opção minha - por um x de velocidade, que nunca se concretiza. A empresa entrega sempre menos. Franquiar vai ser melhor? Não... Por que continuaremos recebendo menos velocidade, agora, para nossas necessidades, pagando mais caro.

Para esclarecer: Claro e Oi já usavam contratos de franquia. Mas, aparentemente seus usuários estão satisfeitos com o montante oferecido, ou são ricos e não se importam com os números da fatura. A Vivo diz, através de sua assessoria de imprensa, que os novos contratos já estão sendo comercializados, mas que o esquema de redução de velocidade só entrará em vigor dia primeiro de janeiro de 2017. Tim não cobra franquia e, por enquanto, não pretende aderir ao esquema.

Muitas lebres foram levantadas sobre o porquê da mudança na operadora. Minha teoria da conspiração pessoal é que, Vivo, que também detém serviço de tv à cabo e telefonia, achou nessa estratégia uma maneira de dar uma rasteira na NetFlix, que deve estar tirando muitos de seus cliente da tv. E aí, pra mim, é a mesma confusão dos taxistas versus o Ubber. Ao invés de melhorar um serviço ruim para atrair clientes, vamos derrubar de forma desleal a concorrência, que oferece um serviço muito mais interessante. Monopólio e cartel são crimes... Só pra lembrar.

Sou uma das pessoas a levantar bandeira contra a tv à cabo brasileira. Produto caro, com muitas reprises, programas requentados e anúncios publicitários!!! Como pode? Se a tv é paga, não deveria haver comerciais, já que quem financia o serviço é o próprio consumidor... Esta deveria ser a matemática. Netflix? Você liga seu computador a hora que quiser, dentro daquilo que sua banda larga permitir - por que de vez em quando, em belos dias de sol e sem nuvens no céu, não há conexão -, e acessa um 'cardápio' televisivo, com opções de filmes e séries. Assiste quantas vezes quiser, a hora que quiser, sem comerciais ou patrocinadores interrompendo seu programa... Por cerca de 1/3 do valor da tv à cabo. Sacaram?

Perante a lei, está tudo dentro da normalidade, diz a Anatel. O sistema de franquias é previsto e pode ser usado. Ou seja, pra que defender os usuários, se podemos defender empresas que não entregam um serviço de qualidade, mas monopolizam os meios de informação do país?

Mas há outras teorias circulando... Vou deixar aqui um vídeo bastante esclarecedor, e linkar mais algumas matérias, para que vocês se informem também, e formem suas opiniões. E, se optarem por participar ativamente do protesto contra a franquia de internet fixa, eis aqui como fazer.




Algumas matérias que li esclarecem algumas coisas, então vou deixar os links aqui também:


As matérias se complementam, então se você realmente está interessado no assunto, sugiro que leia todas. 




JulyN.

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